quinta-feira, 23 de julho de 2009

Indicadores traçam panorama da resistência no Brasil

Brasília, 23 de julho de 2009 - 11h50
Os dados coletados pela Rede Nacional de Monitoramento da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde (Rede RM) entre julho de 2006 e junho de 2008 vão permitir traçar indicadores sobre o perfil de sensibilidade dos microrganismos nos hospitais brasileiros e sobre os fatores que contribuem para a resistência aos antibióticos.

Durante o período, 97 hospitais voluntários das cinco regiões brasileiras enviaram notificações sobre os microrganismos envolvidos nas infecções primárias da corrente sanguínea em pacientes internados em UTI de 25 estados e do Distrito Federal. Os dados estão na mais recente edição do Boletim da Rede RM, que também traz as ações executadas em 2008 e as próximas atividades previstas.

Principais Dados

As notificações relativas às infecções de corrente sanguínea enviadas pelos hospitais no período somaram 5.406 microrganismos. Os mais presentes nos hospitais foram os do gênero Staphylococcus, (47% das notificações) seguidos da Klebsiella pneumoniae, que respondeu por 13%, Pseudomonas aeruginosa (11%), Acinetobacer (11%), Enterobacter (6%), Enterococcus (5%) e Candida (4%). A bactéria menos apontada nas notificações foi a Escherichia Coli (3%).

• Dos 47% referentes ao gênero Staphylococcus , as espécies de Staphylococcus coagulase-negativo, (associadas a infecções oportunistas em UTI ou relacionadas com a contaminação da amostra no momento da coleta) foram responsáveis por 29% das notificações. Nas regiões Sul e Centro-Oeste essas bactérias representaram o maior quantitativo de microrganismos isolados, 40% e 44% respectivamente.

• Já a Staphylococcus aureus, muito comum em hospitais, e conhecida por provocar doenças mais sérias, como endocardite, além de septicemia (infecção generalizada), respondeu por 18% das notificações.

• Entre os 2.406 microrganismos do gênero Staphylococcus testados para o antibiótico oxacilina, apenas 20% dos Staphylococcus coagulase-negativo e 39% dos Staphylococcus aureus apresentaram sensibilidade ao produto. Em relação a essa última, os menores níveis de sensibilidade foram observados nas Regiões Norte (27%) e Centro-Oeste (28%).

A íntegra dos dados está disponível no boletim. Embora os números gerados pelos hospitais não possam refletir a dimensão exata dos quadros existentes nos cerca de oito mil hospitais brasileiros, eles funcionam como indicadores de problemas, sugerem possíveis quadros de resistência ou até mesmo erros nos testes feitos pelos laboratórios de microbiologia de cada hospital. A análise desses dados é importante para a elaboração de medidas corretivas e educativas.


Resistência a antibióticos

A resistência microbiana natural ou adquirida aos antibióticos vem aumentando em todo o mundo, e, em particular, no ambiente hospitalar. O uso indiscriminado de antibióticos pode agravar o problema, facilitando o surgimento de bactérias e outros microrganismos cada vez mais resistentes, reduzindo a eficácia dos medicamentos.
Internações mais longas, o uso de antibióticos mais caros e mais tóxicos são alguns dos prejuízos provocados pela resistência microbiana. Para controlar essa resistência, é preciso mapear o perfil de sensibilidade dos organismos que atingem hospitais e população, ou seja, analisar o efeito do medicamento sobre esses microrganismos.

A Rede RM é um projeto piloto que vai permitir construir indicadores sobre o problema e futuramente servirá de base para a construção de uma política nacional para o controle da resistência microbiana, direcionando ações que possam ser pactuadas com estados e municípios.

Antes do projeto, não havia a preocupação em se produzir dados sobre o assunto, com exceção de algumas iniciativas isoladas. A Rede RM é resultado de um parceria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e com a Coordenação-Geral de Laboratórios em Saúde Pública (CGLAB) do Ministério da Saúde.

Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Drogas, legais ou não, acabam com os dentes



Seg, 13 Jul, 03h01


(BR Press) - Muitas drogas, tanto as prescritas como as ilegais, podem causar sérios prejuízos à saúde bucal. Estimativas sugerem que 40% das pessoas ingerem ao menos um tipo de medicamento diariamente, podem ter enfraquecimento e até mesmo na perda dos dentes.

"Uma série de remédios prescritos e também de drogas ilícitas costuma provocar a redução da saliva, gerando uma condição chamada de 'boca seca'. Isso é muito prejudicial aos dentes, porque uma das funções da saliva é controlar a população de bactérias na boca. Sem essa proteção, aumentam as chances de a pessoa desenvolver mais cáries, inflamações e infecções na gengiva, sem mencionar o impacto negativo no estado geral de saúde do paciente", diz o dentista Marcelo Rezende, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética.

Anti-histamínicos

De acordo com o especialista, além dos medicamentos prescritos para tratamento de câncer e dos contraceptivos orais, as drogas legais que mais comprometem os dentes são os anti-histamínicos (usados no tratamento de manifestações alérgicas), os remédios para tratamento de asma e os xaropes. "Enquanto o primeiro grupo costuma provocar o efeito de boca seca, alguns medicamentos para asma são altamente ácidos e podem afetar o esmalte dos dentes com seu uso prolongado", diz o Dr. Rezende. "Já os xaropes contêm muito açúcar em suas fórmulas, aumentando o risco de cáries se o paciente não escovar os dentes logo após ser medicado", alerta.

Uso de drogas + falta de higiene bucal = perda dos dentes

Na opinião de Marcelo Rezende, as drogas que mais prejudicam os dentes dos usuários são:


Cocaína

"Muitas vezes, os usuários esfregam a substância nos dentes e na gengiva. Misturada com a saliva, a cocaína resulta numa solução ácida, provocando a erosão do esmalte dental, que é a perda de tecido duro da superfície dos dentes. Essa perda é muito agressiva e pode desencadear dor, sensibilidade exagerada e comprometer a aparência do paciente".


Crack

"O crack normalmente é fumado com uma espécie de cachimbo. Ao entrar em contato direto com a boca, a fumaça danifica o esmalte, a gengiva e os nervos".


Ecstasy

"A chamada 'droga do amor' predispõe o usuário a sofrer de boca seca e bruxismo, que é o ranger involuntário dos dentes durante o sono. Toda estrutura da arcada dental pode ser prejudicada se não tratada adequadamente".


Metanfetamina.

"Essa droga é altamente ácida e uma das mais agressivas para os dentes, provocando cáries em curto espaço de tempo. Outros efeitos incluem boca seca, bruxismo e problemas mandibulares".

(*) Com informações da Press Página Projeto de Comunicação.


Retirado de: http://br.noticias.yahoo.com/s/13072009/11/saude-drogas-legais-ou-nao-acabam.html

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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vantagens da Manipulação de Medicamentos em Relação aos Medicamentos Industrializados

A manipulação farmacêutica de medicamentos hoje ocupa 30% do mercado nacional de venda de e a tendência é que ocupe um espaço cada vez maior. Apesar de ter sido a primeira forma de preparar medicamentos conhecida, foi suplantada pela produção industrial e agora retorna devido aos seus benefícios em detrimento da produção em larga escala. Ainda existem muitas dúvidas sobre às vantagens dos manipulados em relação aos industrializados, sendo necessário um maior esclarecimento dos aspectos envolvidos.


O medicamento industrializado sempre possuiu a vantagem de ser produzido em larga escala através de automação e passar por complexo controle de qualidade, tendo uma menor variação em seus parâmetros quantitativos e qualitativos e um maior prazo de validade. A desvantagem é que são vendidos volumes específicos do medicamento em formas específicas a despeito da necessidade real de cada paciente, o que inviabiliza a personalização da fórmula.


O medicamento manipulado, por ser fracionado no local de aviamento permite que a fórmula e a forma farmacêutica possam ser adaptadas de acordo com a necessidade, tornando o tratamento mais eficaz e adequado as individualidades. Também evita o desperdício, pois se pode adaptar a quantidade ao tempo de tratamento. Isto evita inclusive o acúmulo de restos de medicamentos antigos em casa que acabam compondo a “farmacinha caseira”, altamente perigosa devido aos riscos da automedicação.


A pesquisa e o desenvolvimento científico permitem atualmente a produção de uma infinidade de formas farmacêuticas que eram antes impossíveis de serem utilizadas em manipulação. Além disso, a legislação se tornou mais rigorosa com as farmácias de manipulação através da RDC nº 214 de 12 de dezembro de 2006 que dispões sobre boas praticas de manipulação de medicamentos para uso humano em farmácias, elevando os padrões de qualidade do processo. Dessa forma, a qualidade do medicamento manipulado tem subido muito, tornando ainda mais vantajoso o seu uso em relação aos industrializados.


Link para RDC nº 214: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2006/rdc/214_06rdc.htm



João Paulo Loureiro Damasceno


jpldamasceno@yahoo.com.br

www.boticafarmaceutica.blogspot.com


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domingo, 5 de julho de 2009

Surgimento das Boticas

A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.

Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais.

Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos.

Com um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, houve a necessidade de ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da medicina e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início na antiga Roma a separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.

Retirado de: http://www.crfsp.org.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=290%3Asurgimento-das-boticas&catid=51%3Anossa-historia&Itemid=115
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